Por que o Scrum Master precisa de estatísticas e métricas? Primeiro, para verificar se seus métodos de trabalho na previsibilidade de resultados e na melhoria da eficácia da equipe são eficazes. Mas também para acompanhar como suas ações afetam a Equipe de Desenvolvimento. Ou seja, como elas moldam a experiência do usuário empregado (UX). Portanto, neste artigo, apresentamos estatísticas e métricas que o Scrum Master deve acompanhar.
As estatísticas e métricas mais comumente usadas que o Scrum Master deve acompanhar são aquelas que descrevem o ritmo e o fluxo da execução das tarefas. Estas são o Gráfico de Burnup, o Gráfico de Burndown e o Gráfico de Fluxo Cumulativo. Essas medidas avaliam tanto o desenvolvimento do produto quanto a eficácia da equipe. Cada uma permite abordar essas questões de um ângulo diferente, por isso é uma boa ideia apresentá-las juntas. Elas são ferramentas úteis para avaliar o progresso em diferentes escalas, durante um Sprint, assim como em todo o processo de desenvolvimento do produto.
O gráfico de burndown mostra ao Scrum Master e à Equipe de Desenvolvimento quanto trabalho foi feito e quanto ainda falta fazer. O eixo X mostra o tempo restante para concluir o trabalho. O eixo Y mostra a quantidade de trabalho que ainda precisa ser feito, que foi planejada no Sprint Backlog ou no Product Backlog.
Este gráfico também ajuda a determinar a Velocidade da Equipe de Desenvolvimento, a qual também dedicaremos um artigo separado. Aqui, mencionaremos apenas que é uma quantidade média de trabalho realizada durante um Sprint.
Esta ferramenta simples permite que o Scrum Master não apenas veja quão eficientemente a equipe está trabalhando. Ela também ajuda a responder perguntas:
Ao usar o Gráfico de Burndown, o Scrum Master precisa ter em mente que não é a única ferramenta para avaliar estatisticamente o progresso da equipe. Funciona melhor para projetos onde o escopo do trabalho é fixo e conhecido. Não se sai bem na criação de soluções muito inovadoras com um novo Cliente. Nesse caso, a quantidade de trabalho a ser feito em todo o projeto – ou seja, o conteúdo do Product Backlog – pode mudar significativamente durante o projeto, dificultando o uso do Gráfico de Burndown.
O Gráfico de Burnup é o inverso do gráfico de burndown discutido acima. Aqui também, o eixo Y mostra a quantidade de trabalho restante a ser feito. O eixo X, por outro lado, mostra o tempo de conclusão expresso em número de Sprints ou em datas.
No entanto, o Scrum Master usa o Gráfico de Burnup para um propósito ligeiramente diferente. Isso porque ele não apenas ajuda a medir o progresso do produto e o progresso da Equipe. Essa métrica também avalia como o escopo do trabalho em um projeto muda ao longo do tempo. Portanto, funciona bem para projetos com escopo variável.
O Gráfico de Burnup também é uma ferramenta de planejamento que se torna mais eficaz ao longo do tempo. Ele fornece respostas à pergunta de quanto trabalho a Equipe de Desenvolvimento é estimada para fazer no próximo Sprint.
O terceiro tipo de diagrama que é muito frutífero no trabalho do Scrum Master com a Equipe de Desenvolvimento é o Diagrama de Fluxo Cumulativo. Ele apresenta a análise de quão estável é o ritmo e a produtividade da Equipe de Desenvolvimento. O layout de seus eixos é o mesmo do Gráfico de Burnup, por isso é frequentemente referido como sua versão mais complexa.
No entanto, o Diagrama de Fluxo Cumulativo não serve apenas para determinar o número de tarefas concluídas em um determinado período de tempo. Ele também leva em conta o número de tarefas que estão aguardando na fila para execução. Graças a isso, ele permite diagnosticar os chamados “gargalos” – momentos do processo que retardam a criação de um produto.
Esse recurso diagnóstico torna-o uma das métricas mais úteis nas mãos do Scrum Master. Isso porque permite reorganizar o trabalho de forma a distribuir a força da Equipe de Desenvolvimento de maneira diferente e evitar períodos de inatividade.
A manutenção e análise regulares e meticulosas das estatísticas é uma parte essencial do trabalho eficaz do Scrum Master. No entanto, ele/ela deve ter em mente primeiro a experiência do usuário empregado dos desenvolvedores, ou seja, a forma como eles percebem o trabalho na Equipe Scrum. No entanto, não é a qualidade das métricas que decide, mas a forma como o Scrum Master as utiliza.
Se as estatísticas forem mantidas de acordo com os princípios do Scrum – elas são transparentes, públicas e compreensíveis para os desenvolvedores envolvidos – podem ser uma forma de motivar a equipe a trabalhar de forma mais eficiente ou recompensá-los por grandes resultados. No entanto, as estatísticas podem funcionar como uma ferramenta para pressionar a Equipe de Desenvolvimento. Nesse caso, suas indicações se tornam um gerador de acusações e ressentimentos. Elas podem contribuir para a deterioração da moral da equipe e prejudicar as práticas de trabalho em equipe.
O segundo fator importante da experiência do empregado dos desenvolvedores, que o Scrum Master que trabalha com ferramentas estatísticas deve cuidar, é a forma de gerenciar seu tempo. Isso porque o Scrum Master precisa ter tempo suficiente para cuidar da Equipe de Desenvolvimento. Por essa razão, em caso de um grande projeto, vale a pena considerar a inclusão de uma pessoa adicional na Equipe Scrum. Ele/Ela atuará como gerente de projeto e cuidará das métricas. Graças a isso, aliviará o Scrum Master – e em certa medida o Product Owner – das tarefas que o distraem de trabalhar com a Equipe de Desenvolvimento.
O Scrum Master deve acompanhar as estatísticas básicas que descrevem o trabalho da Equipe de Desenvolvimento. Sua interpretação habilidosa aumenta a chance de detectar rapidamente problemas no trabalho da Equipe e reagir a eles. No entanto, mais importante do que manter os gráficos é o que o Scrum Master faz com eles. Eles não devem tratar as métricas como uma ferramenta para avaliar a Equipe, mas sim como um auxílio útil na motivação da Equipe e no diagnóstico de sua própria forma de trabalhar. Isso porque as métricas só serão ferramentas úteis se ajudarem a facilitar os processos de melhoria da Equipe e do Produto.
Se você gosta do nosso conteúdo, junte-se à nossa comunidade de abelhas ocupadas no Facebook, Twitter, LinkedIn, Instagram, YouTube.
Como Gerente de Projetos, Caroline é uma especialista em encontrar novos métodos para projetar os melhores fluxos de trabalho e otimizar processos. Suas habilidades organizacionais e capacidade de trabalhar sob pressão de tempo a tornam a melhor pessoa para transformar projetos complicados em realidade.
Você é um freelancer procurando maneiras de promover seu portfólio? Hoje em dia, não apenas…
A gestão financeira digital e a contabilidade online tornaram-se cada vez mais populares nos negócios.…
Os estatutos de projeto são o pão e a manteiga da gestão de projetos. Eles…
Organizações de diversos setores constroem relacionamentos com potenciais funcionários, fornecedores e parceiros todos os dias.…
Existem muitas técnicas de gestão por aí. Algumas parecem intrincadas, enquanto outras são simples, mas…
Você sabe como começar uma ONG? Você tem pensado nisso? Você está ciente de quão…