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Qual é a teoria da liderança contingencial?

No entanto, é sábio reconhecer essas suposições e extrair delas o que há de melhor. Muitas teorias de liderança surgiram dessa forma e uma delas é a chamada teoria da liderança contingencial. Hoje, vamos nos concentrar nessa teoria, definindo-a, mostrando como colocá-la em prática, além de apontar seus prós e contras.

O que é a teoria da liderança contingencial?

A teoria da liderança contingencial foi desenvolvida pelo psicólogo austríaco Fred Fiedler na década de 1960. Esse professor, que estudou as personalidades dos líderes (especialmente líderes militares), concluiu que cada líder tem um estilo de gestão único, dependente das experiências de vida individuais, o que é extremamente difícil de mudar ou influenciar.

No entanto, Fiedler reconheceu que a maneira natural de desempenhar o papel de líder nem sempre se encaixa na situação. Assim, ele reconheceu que não existe um estilo de gestão que sirva para todos os casos e que uma pessoa nesse papel em uma organização deve saber exatamente qual é o estilo e decidir se é apropriado (“benéfico”) para a situação.

Como aplicar a teoria da liderança contingencial?

O modelo criado por Fiedler requer a comparação de dois elementos – o estilo de liderança de uma pessoa com a situação em questão. Abaixo, explicamos como fazer isso.

  1. Estilo de gestão natural – 1 aspecto chave
  2. Fiedler desenvolveu uma escala especial para ajudar os líderes a examinarem que tipo de estilo de gestão os caracteriza. Seu uso envolve avaliar o funcionário com quem se gosta menos de trabalhar (indicando em uma escala de 1 a 8 o quanto as características indicadas – como amigável, frio, monótono, insincero, entre outras – o descrevem).

    O pesquisador descobriu que, se um líder avalia positivamente o colega de trabalho menos preferido com base nos critérios indicados, o julgamento diz respeito aos relacionamentos (dando apoio, bom em gerenciamento de conflitos, mostrando empatia, etc.). Quando, por outro lado, o líder avalia negativamente o colega de trabalho menos preferido, o julgamento é baseado no desempenho (focando nas tarefas atribuídas que devem ser realizadas de forma mais eficiente e eficaz para alcançar os resultados esperados). Assim, Fiedler concluiu que um líder pode ser orientado para relacionamentos ou orientado para tarefas.

  3. Favorabilidade da situação – 2 aspectos chave
  4. Depois de determinar qual estilo se tem, é necessário avaliar a situação. Fiedler apontou que três fatores-chave afetam a eficácia da gestão em relação a uma situação particular (afetando se a situação é favorável a um estilo específico):

  • Relações líder-funcionário – quanto melhores forem, mais influência o líder tem sobre sua equipe,
  • A estrutura da tarefa – quanto os membros individuais da equipe entendem os objetivos e requisitos,
  • Poder posicional – denotando a influência que o líder tem por meio de uma posição formal na hierarquia ou autoridade atribuída para exercer sobre seus colegas.
  • Comparando o estilo com a situação – para tomar uma decisão
  • Ao saber qual estilo de gestão natural se tem e qual é a situação, deve-se considerar se ele ou ela será um “bom líder” dentro daquela questão específica. Fiedler apontou que o estilo “orientado para tarefas” funciona perfeitamente em situações extremas – ou seja, altamente favoráveis e altamente desfavoráveis – enquanto o estilo “orientado para relacionamentos” se encaixa em todos os casos que são mais favoráveis ou medianos.

    A conclusão, no entanto, é que, de acordo com a teoria da liderança contingencial, se seu estilo como líder não for adequado para uma determinada situação, você deve entregar a gestão de um determinado projeto ou equipe a alguém com características diferentes.

    Contingente versus situacional – Onde está a diferença?

    A teoria da liderança contingencial é frequentemente confundida com a situacional – mas vale a pena enfatizar a diferença entre as duas. Ambos os estilos enfatizam a importância da situação para gerenciar indivíduos ou toda a equipe.

    Ainda assim, a teoria da liderança situacional assume que o líder deve adaptar seu estilo à situação e às necessidades dos funcionários, levando em conta fatores variáveis como a experiência e o nível de habilidade dos funcionários, a complexidade da tarefa ou o apoio da equipe, entre outros. A teoria da liderança contingencial, por outro lado, assume que a eficácia de um líder depende de como seu estilo se encaixa na situação em questão.

    Teoria da liderança contingencial – resumo

    Aplicar a teoria da liderança contingencial de Fiedler requer determinar o próprio estilo e avaliar a favorabilidade das situações, depois compará-las entre si e decidir se deve ser um líder ou delegar esse papel a alguém com um estilo diferente. Devemos notar que essa abordagem incentiva fortemente os gerentes a praticar a autoconsciência, que é essencial ao tomar decisões importantes que afetam toda a organização ou equipe.

    Ela também tem a vantagem de levar em conta a situação, o que a distingue de muitas suposições que se concentram exclusivamente no líder. Por outro lado, pressupõe rigidez (a imutabilidade de uma pessoa), depende da autoavaliação e pode desencorajar pessoas que desempenham seu papel adequadamente (porque sentem que não são apropriadas para a situação). No geral, a teoria da liderança contingencial é uma lição de gestão para todos os líderes, mas eles não devem tomá-la como uma maneira ideal de fazer as coisas.

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    Nicole Mankin

    Gerente de RH com uma excelente capacidade de construir uma atmosfera positiva e criar um ambiente valioso para os funcionários. Ela adora ver o potencial de pessoas talentosas e mobilizá-las para se desenvolverem.

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