A experiência de trabalho se traduz em maior produtividade?

Abaixo, apontamos quais são os prós e contras de ter muitos anos de experiência de trabalho e consideramos se é a longa senioridade que é o fator chave sobre o qual você deve basear suas decisões de contratar ou rejeitar uma pessoa durante o processo de recrutamento.

Experiência de trabalho – vantagens para o empregador

Não se pode discordar que pessoas com longa permanência têm conhecimento e habilidades aprofundadas relacionadas ao seu campo escolhido (na maioria das vezes, embora isso não seja sempre a regra – depende da posição ocupada, das funções desempenhadas, do desejo de desenvolvimento, etc.). Através de numerosos anos de emprego, elas adquiriram experiência prática que lhes permite lidar adequadamente com várias situações profissionais, especialmente com desafios que podem surgir.

Além disso, conhecem as especificidades do setor, têm uma ampla rede de contatos e não têm medo de responsabilidade e tomada de decisões. Um enorme conhecimento teórico e experiência prática não são sem influência no desempenho como funcionário. Vale também mencionar que essas pessoas podem ter um maior senso de pertencimento e lealdade à empresa, o que também se reflete em sua produtividade.

Experiência de trabalho – o lado negativo para o empregador

Embora não haja dúvida de que anos de experiência de trabalho podem se traduzir em alcançar os resultados esperados pelo empregador, isso não é isento de desvantagens. Em primeiro lugar, devemos notar que, no ambiente de negócios dinâmico de hoje, mudanças constantes e inovações são inevitáveis – e funcionários com anos de experiência na indústria podem ser mais resistentes à introdução de novas tecnologias, ferramentas, métodos de trabalho, etc. O apego deles a maneiras tradicionais de fazer as coisas pode se tornar prejudicial para a empresa como um todo (por retardar ou desacelerar seu crescimento).

Além disso, a ocupação a longo prazo na mesma ou em posição semelhante pode levar a uma falta de nova perspectiva sobre problemas, o que limita soluções criativas e inovação no trabalho. Claro, os aspectos mencionados não se aplicam a todos os funcionários (características individuais são de grande importância neste caso), mas vale a pena estar ciente deles.

Longa permanência e desempenho – é este o único elemento que conta?

Indivíduos com longa experiência de trabalho, sem dúvida, têm uma vantagem durante o processo de recrutamento na forma de seu conhecimento e habilidades diversificadas, que não passarão despercebidos pelo gerente de contratação ou pela equipe de RH. Afinal, com sua experiência de trabalho, eles poderão desempenhar suas funções adequadamente, esforçando-se pelo sucesso da organização como um todo. No entanto, é errado pensar que o desempenho depende apenas desse único elemento. Isso porque o que também conta inclui:

• Motivação interna

A extensa experiência de trabalho não é garantia de que os funcionários estarão totalmente comprometidos com suas funções, caracterizados por um desejo de “se provar” em um novo lugar ou decidir se esforçar mais pela organização. Menos motivação intrínseca, por sua vez, pode se traduzir, por exemplo, em desempenho de tarefas rotineiro ou mais lento, de modo que a produtividade satisfatória para o empregador pode não ser alcançada.

• Capacidade de se adaptar à mudança

Longa permanência nem sempre significa que os funcionários estão bem preparados para se adaptar a novas demandas e mudanças no ambiente de trabalho. O apego a métodos estabelecidos ao longo dos anos pode dificultar significativamente a adaptação a novas tecnologias, procedimentos ou tendências (e também a encontrar seu caminho nos “novos tempos”. Funcionários mais jovens – mas mais abertos à mudança e flexíveis em sua abordagem – podem, portanto, ser mais eficazes, pois se encontram mais facilmente em situações de mudança significativa.

• Disposição para se desenvolver profissionalmente

Independentemente da senioridade na vida profissional, é essencial buscar constantemente o desenvolvimento, especialmente em tempos que estão mudando tão rapidamente. Pessoas que se esforçam continuamente para melhorar suas habilidades e expandir seu conhecimento podem alcançar maior produtividade. Então, o número de anos trabalhados desempenha um papel menor (porque pode – através dos esforços de cada um – ser compensado). Funcionários que permanecem no mesmo emprego por muito tempo podem não estar dispostos a ter seus recursos (tempo, dinheiro, etc.) utilizados para desenvolvimento profissional.

• Saúde física e mental

O bem-estar físico e mental também não deve ser subestimado. Pessoas com longa permanência, por exemplo, são frequentemente mais vulneráveis ao esgotamento profissional e a problemas de saúde (relacionados ao estresse ou sobrecarga a longo prazo), o que não passará despercebido em seu desempenho. Para aqueles que estão no mercado de trabalho por um período mais curto, a energia para desempenhar pode ser maior – e se traduz em desempenho alcançado.

Experiência de trabalho e produtividade – resumo

Embora não haja dúvida de que a longa senioridade influencia que tipo de desempenho um funcionário tem, não pode ser considerada seu único determinante. Como indicamos acima, muitos outros fatores são relevantes nesse contexto – começando pela motivação intrínseca, o desejo de se desenvolver e o bem-estar físico e mental.

Empregadores que se concentram em construir uma equipe eficaz devem enfatizar a avaliação cuidadosa das competências e habilidades de cada candidato, tentar entender quais são suas necessidades atuais e antecipar o potencial de crescimento – enquanto ainda levam em conta os diversos aspectos de sua capacidade de alcançar os resultados desejados para a empresa. Uma atitude de buscar reunir uma combinação de diferentes experiências de trabalho, conhecimento e habilidades dentro da empresa é essencial para as melhores decisões de recrutamento possíveis.

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