Um estudo de viabilidade é um passo fundamental para determinar se um projeto proposto é viável e vale a pena ser perseguido. Ele inclui uma avaliação dos aspectos técnicos, financeiros, organizacionais e legais do projeto, enquanto seu objetivo é determinar se o projeto tem uma chance suficiente de conclusão bem-sucedida e dentro do prazo.

Estudo de viabilidade – índice:

  1. Introdução
  2. Como preparar um estudo de viabilidade?
  3. Quais dados valem a pena incluir em um estudo de viabilidade?
  4. Resumo

Introdução

Estudos de viabilidade têm sido utilizados na Europa desde o Império Romano, quando engenheiros os conduziam para determinar a viabilidade de construir infraestrutura como estradas e aquedutos.

Uma fonte que discute estudos de viabilidade na antiguidade é o livro “Estudos de viabilidade: raízes antigas, aplicações modernas” de David G. Luenberger. O autor menciona mais do que apenas os romanos – ele também dá exemplos de como os antigos egípcios e chineses empregaram métodos semelhantes para avaliar a viabilidade de projetos em grande escala, como a construção das pirâmides e da Grande Muralha da China.

Alguns dos princípios e técnicas de preparação de estudos da antiguidade ainda são aplicados hoje. O que é mais importante permaneceu inalterado: ao preparar um estudo, o Gerente de Projeto deve definir claramente o que o projeto deve alcançar, quais oportunidades e ameaças ele vê, e indicar os métodos que usou para obter os dados contidos no estudo.

No entanto, ao contrário de seus predecessores antigos, os Gerentes de Projeto de hoje não podem parar em um único estudo de viabilidade. Normalmente, o documento básico é preparado durante a fase de iniciação do projeto, mas os dados e orientações contidos nele continuam sendo atualizados à medida que marcos são alcançados, ou quando ocorrem mudanças importantes no mercado.

Como preparar um estudo de viabilidade?

Para preparar um estudo de viabilidade, há várias etapas-chave a seguir:

  1. Definir os objetivos e o escopo do projeto.
  2. Realizar análise de mercado.

    O objetivo da análise é determinar o mercado-alvo – o público, seu tamanho e disponibilidade, bem como o tamanho da concorrência. Também é importante avaliar a demanda potencial pelos resultados do projeto. Sua preparação pode envolver a realização de pesquisas preliminares entre o público-alvo.

  3. Avaliar a viabilidade técnica. A avaliação da viabilidade técnica deve incluir a resposta a duas perguntas-chave:
  4. A) A organização possui as tecnologias e recursos necessários para concluir o projeto?

    B) O escopo do projeto inclui a criação ou adaptação de tecnologias disponíveis para implementação? E, se sim, quais são os riscos associados à criação ou modificação dessas soluções?

  5. Avaliar o risco financeiro.

    O risco financeiro desempenha um papel diferente dependendo do tipo de projeto. Se seus resultados forem ser uma fonte de renda, a pergunta mais importante que as partes interessadas fazem é: “É financeiramente viável?” Se, por outro lado, o projeto envolve, por exemplo, modernização ou implementação de pesquisa, o risco financeiro está relacionado aos efeitos planejados da implementação das soluções planejadas.

    Nesse caso, formule a pergunta de acordo: “Qual é o prazo necessário para que o investimento do projeto se pague, considerando as melhorias de eficiência assumidas após a atualização?”, ou “Como o risco de falha do projeto de pesquisa se traduz na potencial criação de uma patente com potencial de implementação se for bem-sucedida?”.

  6. Considerar a viabilidade do ponto de vista da organização. Aqui, as perguntas importantes são:
  7. A) Quais mudanças são necessárias para que a operação da organização implemente o projeto?

    B) Como elas afetarão o modo de operação atual da organização?

    C) Quais recursos terão que ser utilizados de outras maneiras?

  8. Levar em conta os aspectos legais.

    Isso será especialmente importante em projetos cuja execução ocorre em espaços públicos, ou aqueles cuja implementação envolve áreas que requerem permissões especiais – por exemplo, medicina, tecnologias que podem ameaçar o meio ambiente e atividades que exigem o uso de dados pessoais.

  9. Preparar o relatório.

    O estudo de viabilidade é o documento que é mais frequentemente apresentado à gestão da organização. Por isso, é tão importante preparar um resumo, que incluirá as informações e dados mais importantes, bem como as recomendações do Gerente de Projeto para ações futuras.

estudo de viabilidade

Quais dados valem a pena incluir em um estudo de viabilidade?

Para tornar o estudo de viabilidade mais credível, o Gerente de Projeto deve realizar ou encomendar pesquisas para obter:

  • estimativas de custos para materiais, mão de obra, equipamentos e software
  • projeções financeiras de receitas e despesas levando em conta a inflação e flutuações de preços
  • especificações técnicas e capacidades da tecnologia necessária
  • informações sobre qualquer legislação ou requisitos legais relevantes
  • dados de mercado, em particular:
    • o grupo-alvo dos resultados do projeto – suas preferências, meios de comunicação e riqueza, entre outros,
    • demanda e saturação do mercado
    • tendências e desenvolvimentos

Você pode obter análises detalhadas com base em grandes conjuntos de dados por meio de relatórios publicados por agências especializadas em pesquisa de mercado, como:

  • Gartner
  • IPSOS
  • Nielsen
  • IQVIA
  • Kantar

Vale lembrar que os dados no estudo de viabilidade devem permanecer atualizados para projetos de longo prazo. Este é um passo fundamental no processo de desenvolvimento confiável de projetos, que a longo prazo pode economizar muito tempo e recursos ao identificar problemas potenciais precocemente.

Resumo

Um estudo de viabilidade é um documento chave para determinar se um projeto proposto é viável e vale a pena ser perseguido. Ele inclui uma avaliação dos aspectos técnicos, financeiros e operacionais do projeto, e visa determinar se pode ser concluído. A detecção precoce de problemas potenciais permitirá uma resposta rápida, mudando os objetivos ou prioridades do projeto, e economizando tempo e recursos.

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Caroline Becker

Como Gerente de Projetos, Caroline é uma especialista em encontrar novos métodos para projetar os melhores fluxos de trabalho e otimizar processos. Suas habilidades organizacionais e capacidade de trabalhar sob pressão de tempo a tornam a melhor pessoa para transformar projetos complicados em realidade.

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