O teste A/B é um excelente método de pesquisa para testar duas versões alternativas de uma determinada solução ao mesmo tempo. Leia nosso artigo para aprender como conduzir testes A/B e ver seus benefícios e limitações.
Teste A/B em UX – índice:
- O que são testes A/B no contexto da pesquisa em UX?
- Quando aplicar o teste A/B?
- Como conduzir testes A/B?
- Resumo
O que são testes A/B no contexto da pesquisa em UX?
O teste A/B permite que você teste duas versões de um produto/solução (versão A e versão B) e avalie qual delas recebe maior aprovação dos usuários. A forma de medir isso inclui taxa de conversão, o tempo gasto no site ou o feedback dos participantes e sua propensão a recomendar o site/produto. Antes do teste, você precisa definir e determinar o que “sucesso” significará para uma versão específica.
Quando aplicar o teste A/B?
Você pode implantar testes A/B para testes de protótipos, durante a fase de desenvolvimento do produto, bem como para construir estratégias de marketing e promoção. Eles são a ferramenta perfeita para tomar decisões que podem afetar o resultado financeiro de uma organização. Os testes A/B são especialmente úteis quando já temos uma hipótese baseada em pesquisas anteriores e queremos confirmar que é a solução certa. As perguntas de pesquisa formuladas para testes A/B podem ser assim:
- Qual versão do produto gera uma taxa de conversão mais alta?
- Qual das duas notificações push com redações diferentes aumenta o engajamento no aplicativo?
Um bom teste A/B deve incluir comparações o mais simples possível, por exemplo, em vez de comparar duas versões completamente diferentes do site, é melhor testar dois estilos de cabeçalho ou duas localizações distintas do botão CTA. Com comparações menores, reconheceremos precisamente qual fonte, cor, elemento ou localização influencia mais a experiência do usuário.
Esse método de pesquisa compreende testes de dois tipos: univariantes e multivariantes. O primeiro foca nas diferenças entre duas variantes de um item – por exemplo, um botão vermelho e um botão azul. O multivariado, no entanto, compara mais de 2 variantes de um botão ao mesmo tempo – por exemplo, vermelho, azul, verde e branco (além disso, eles ainda podem diferir em cabeçalhos, por exemplo, “Verifique isso” e “Veja mais”).
Os principais benefícios do teste A/B são a rapidez e os baixos custos. Eles também permitem avaliar várias variantes de produtos em um grande grupo de pessoas reais. No entanto, esteja ciente de focar nesses aspectos que podem ter um impacto real na percepção geral de um produto. Não compare elementos aleatórios. Faça uma hipótese, realize outras pesquisas complementares e, em seguida, consulte sua equipe de design e desenvolvimento. Juntos, vocês decidirão quais recursos essenciais examinar em várias versões, realizando testes A/B univariantes ou multivariantes.
O teste A/B parece uma forma rápida de pesquisa – embora não seja uma regra. Você pode precisar executá-los por algumas semanas para obter dados suficientes para análise de UX (mas você também pode conseguir isso em alguns dias ou até mesmo algumas horas). O tempo necessário para realizar uma pesquisa depende de muitos fatores.
Como conduzir testes A/B?
- Identifique seu problema.
- Descubra o máximo que puder sobre o problema e os usuários. Tenha uma boa noção deles.
- Formule uma hipótese respondendo como resolver o problema.
- Defina seu objetivo.
- Defina a precisão estatística.
- Defina a escala necessária dos resultados.
- Crie a versão B e teste sua hipótese.
- Analise e aja com base nos resultados do teste.
Certifique-se de aplicar as ferramentas analíticas corretas para estabelecer precisamente a natureza do problema.
Identifique precisamente a localização do fluxo e tente descobrir por que isso acontece. Seu entendimento detalhado contribuirá para uma análise adequadamente rigorosa.
Uma hipótese é uma suposição testável. Você pode formulá-la na forma de uma condição – “se X acontecer, então Z”, ou seja, por exemplo, “se o título estiver na fonte 22 em vez de 18, a conversão aumentará”. O teste A/B permitirá que você saiba se a conjectura apresentada na hipótese está correta.
Determine o que você deseja alcançar com o estudo, bem como durante todo o processo de pesquisa e design – por exemplo, você quer que mais usuários cliquem no botão CTA na página inicial.
Determine os números e figuras que você precisa tanto para a avaliação prática da pesquisa quanto para os stakeholders de negócios apresentarem – por exemplo, um aumento de 2% nas conversões os satisfará e valerá a pena investir em uma pesquisa?
Qual número de respondentes garantirá precisão estatística? Que porcentagem da base de usuários diária, semanal ou mensal tornará esses resultados valiosos e conclusivos? É imperativo determinar isso antes de prosseguir com a pesquisa.
Prepare uma variante extra (variante B) do site/produto/funcionalidade para sua hipótese e comece a testar. Nesta fase, os desenvolvedores entram em cena para implementar uma segunda solução alternativa para o produto existente – e os usuários se dividem inconscientemente em dois grupos (grupo A e grupo B) no site/aplicativo como antes. Durante a avaliação, tente olhar para seus dados apenas depois de ter coletado o suficiente para obter validade estatística e um resultado viável.
Se sua versão B atender ao limite de eficácia estabelecido e confirmar sua hipótese, você pode prosseguir para implementá-la para todos os usuários (não mais divididos entre as versões A e B). No entanto, se a hipótese for refutada, fique com a versão original A ou formule e teste uma nova hipótese. Além disso, verifique métodos de pesquisa alternativos para complementar os dados.
Resumo
O teste A/B é um assunto bastante técnico. Ele exige ter certo conhecimento de estatísticas, bem como um conhecimento técnico/programático mais especializado (ou um bom relacionamento com a equipe de desenvolvimento da empresa). É um método direto – além disso, é bastante simples, rápido e barato. Ele permite comparar duas versões alternativas de um produto a baixo custo com resultados satisfatórios. Além disso, suas descobertas são baseadas em usuários reais, sendo tão precisas quanto possível. No entanto, lembre-se de que você não pode testar todos os recursos, elementos ou pequenos detalhes do site – é por isso que, ao conduzir testes A/B, é padrão realizar outros métodos de pesquisa complementares.
Leia também: Métodos de pesquisa de descoberta
Se você gosta do nosso conteúdo, junte-se à nossa comunidade de abelhas ocupadas no Facebook, Twitter, LinkedIn, Instagram, YouTube, Pinterest, TikTok.
Klaudia Kowalczyk
Um designer gráfico e de UX que traduz em design o que não pode ser expresso em palavras. Para ele, cada cor, linha ou fonte utilizada tem um significado. Apaixonado por design gráfico e web design.
UX research:
- O que é pesquisa de UX?
- Tipos de pesquisa de UX
- Quais são as perguntas de pesquisa e como escrevê-las?
- Como aproveitar os dados dos clientes que coletamos?
- Por que as entrevistas com as partes interessadas são cruciais para o processo de design?
- Como criar um bom plano de pesquisa de UX?
- Como os testes piloto podem melhorar a pesquisa de UX?
- Como escolher um método de pesquisa?
- Recrutamento de participantes para estudo de UX
- Pesquisa de triagem para pesquisa de UX
- Pesquisa de UX com crianças
- Métodos de pesquisa de descoberta
- Incentivos para Pesquisa de UX
- Canais e ferramentas para encontrar participantes de pesquisa em UX
- O que é pesquisa avaliativa?
- O que é card sorting em UX?
- O que é pesquisa etnográfica?
- O que são grupos focais em pesquisa?
- Como conduzir entrevistas com usuários?
- O que é pesquisa de mesa?
- Como conduzir testes de usabilidade?
- O que é teste A/B em UX?
- Rastreamento ocular em testes de UX
- O que é teste de árvore?
- Teste de clique inicial
- O que é análise de tarefas na pesquisa de UX?
- Avaliação das emoções na experiência do usuário
- Pesquisa Contínua em UX
- Mapa da Jornada do Cliente – o que é e como criá-lo?