Os testes de preferência são um método popular de pesquisa em UX. A chave para seu sucesso reside em uma boa compreensão e preparação cuidadosa. Quando e como conduzir testes de preferência? Como eles diferem dos testes A/B? Como podem melhorar o produto final funcional e visualmente? Continue lendo para descobrir!
Quando e como realizar testes de preferência? – índice:
- O que são testes de preferência?
- Testes de preferência qualitativos vs. quantitativos
- Quando conduzir testes de preferência?
- Testes de preferência vs. testes A/B?
- Como conduzir testes de preferência?
- Resumo
O que são testes de preferência?
Os testes de preferência são um método de pesquisa que envolve compartilhar várias (geralmente duas a três) opções de design com os participantes do teste e perguntar sobre suas preferências – qual design eles gostam mais e por quê. Ao contrário de outros testes, os testes de preferência focam especificamente nos aspectos visuais dos produtos e do design. Este estudo pode ajudá-lo a aprender mais sobre o usuário e sua percepção da marca, e descobrir quais sentimentos e emoções eles têm. Os testes de preferência também permitem avaliar um design em termos de sua atratividade visual, consistência da marca e credibilidade geral.
Os testes de preferência são úteis em UX, pois fornecem aos pesquisadores e designers uma visão direta dos gostos dos usuários e informações sobre o que eles pensam sobre diferentes designs (visualmente). Como resultado, o método permite que decisões importantes sejam tomadas no início do processo de design e evita que a empresa faça um investimento desnecessário de tempo e energia em um design que provavelmente não agradará ao usuário final.
Os testes de preferência visam entender o que visualmente atrai o usuário-alvo e por quê. Os resultados dos testes podem ser usados em muitas etapas do processo de design, desde o planejamento geral de esquemas de cores ou hierarquias em uma página até decisões específicas, como seleção de fontes e ícones.
Testes de preferência qualitativos vs. quantitativos
Podemos distinguir entre testes de preferência qualitativos e quantitativos. Os qualitativos geralmente assumem a forma de uma entrevista, durante a qual mostramos ao usuário diferentes versões do produto e depois perguntamos qual ele prefere. Os testes qualitativos também examinam as impressões e atitudes do usuário em relação a cada um dos designs mostrados, permitindo que eles respondam não apenas qual design eles gostam mais, mas “por que este?”
Os testes de preferência quantitativos podem assumir a forma de uma pesquisa na qual os usuários selecionam seu design preferido e qual atitude têm em relação a cada um. Isso permite feedback de um grupo de pesquisa muito maior do que os testes qualitativos, resultando em maior confiança de que os resultados podem ser generalizados para todos os usuários. O teste de preferência quantitativo é apropriado quando o design é relativamente simples e não contém inúmeras variações, e quando a empresa conhece as razões pelas quais os usuários preferem uma versão mais do que outra.
Quando conduzir testes de preferência?
Você pode realizar testes de preferência em várias etapas do processo de design. No entanto, eles geralmente ocorrem no início da fase de design para obter feedback inicial dos usuários, mesmo antes que a empresa invista tempo e dinheiro no projeto. Dessa forma, pode-se determinar qual direção é mais econômica e por quê.
As empresas que não estão construindo um produto do zero, mas planejam redesenhar uma solução existente, podem realizar um teste de preferência para verificar seu design em relação à concorrência.
Testes de preferência vs. testes A/B?
Em termos simples – os testes A/B são realizados mais tarde, quando o design final está quase pronto e os usuários podem interagir com ele ao vivo, enquanto os testes de preferência são realizados no início do processo – em um protótipo, modelo ou até mesmo um esboço do design. Os testes de preferência visam entender quais designs um usuário prefere e por quê – antes que o produto esteja finalizado.
Outra diferença chave é que os testes A/B dependem de KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho). Eles ajudam a determinar como diferentes variações afetam o comportamento do usuário e a realização de metas de negócios. Como exemplo, uma empresa que deseja aumentar o número de inscrições na newsletter em sua loja online decide testar A/B o botão de CTA, examinando qual cor do item gera mais conversões.
Como conduzir testes de preferência?
- Definir objetivos de pesquisa
- Determinar como medir as respostas
- Perguntas abertas – dessa forma, os participantes podem justificar suas escolhas, por exemplo. Qual design você prefere? Por que você gosta dele? A informação nesta página estava clara e compreensível para você? Quão fácil foi para você navegar nesta tela? O que você gosta no design deste site?
- Lista fechada de adjetivos – tendo adjetivos específicos à sua disposição, por exemplo, clássico, minimalista, elegante, os participantes poderão atribuí-los aos pacientes avaliados.
- Solicitação para descrever as variantes em 3-5 palavras (adjetivos).
- Avaliação numérica – ajudará a determinar qual design representa melhor certas características da marca.
- Reunir participantes do teste
- Conduzir um teste de preferência
- Analisar os resultados dos testes de preferência
Assim como em outros métodos, o mais importante é definir os objetivos e perguntas de pesquisa e escrevê-los em um local de destaque e apresentá-los aos participantes do teste. A prioridade é entender qual variante de design os usuários preferem? O objetivo é descobrir como eles percebem cada projeto individualmente?
Também vale a pena determinar que tipo de feedback a empresa deseja – qualitativo ou quantitativo. Você também deve garantir que todas as opções de design sejam funcionais.
A troca de insights dos participantes pode variar dependendo se testes qualitativos ou quantitativos foram realizados. Aqui estão algumas possibilidades:
Os participantes do teste de preferência (assim como outros métodos de pesquisa em UX) são, em sua maioria, educados e geralmente se abstêm de críticas diretas ao design, mesmo que sejam explicitamente incentivados a serem implacavelmente honestos. Por essa razão, às vezes é melhor usar métodos indiretos para descobrir as verdadeiras razões para escolher um produto em detrimento de outros.
De acordo com os princípios gerais de pesquisa com usuários, é necessário encontrar sujeitos de teste que reflitam os clientes-alvo o mais próximo possível. Dependendo do objetivo declarado, eles podem ser clientes atuais (se a empresa quiser que eles entendam o contexto de uso) ou pessoas não relacionadas ao produto (se o estudo for para trazer novas percepções, sem viés).
Antes de recrutar, você precisa determinar o número de participantes (20-30 respondentes são recomendados), o método de alcançá-los e um possível incentivo para participar do estudo.
Antes de iniciar o teste, é uma boa ideia explicar todo o processo e as expectativas aos participantes. O teste não deve apenas mostrar designs, mas também fazer perguntas de acompanhamento. Isso ajudará o pesquisador a descobrir por que os participantes escolheram uma determinada opção e como o protótipo pode ser melhorado considerando suas preferências.
Realizar testes sem analisar os resultados não traz muitas informações para a empresa, então não pule esta etapa. Para testes qualitativos, agrupe respostas semelhantes e encontre os padrões resultantes. Com testes quantitativos, vale a pena extrair a resposta mais preferida. No entanto, se a diferença não for suficientemente perceptível, reteste em um rascunho revisado.
Resumo
Os testes de preferência valem a pena serem realizados no início do processo de design, pois podem ajudar a projetar com base nas preferências dos usuários, em vez de suposições pessoais. Além disso, essa solução é mais fácil de implementar e menos custosa do que os testes A/B.
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Klaudia Kowalczyk
Um designer gráfico e de UX que traduz em design o que não pode ser expresso em palavras. Para ele, cada cor, linha ou fonte utilizada tem um significado. Apaixonado por design gráfico e web design.
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